sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

País das Maravilhas logo ali, virando a esquina.

Dizem que a felicidade é como uma borboleta. Quanto mais você tenta persegui-la, mais ela foge de você. Até que um dia, sem que você espere ou perceba, ela pousa no seu ombro. Idéia perigosa essa, uma vez que o comodismo é muito mais atrativo do que a dolorosa e persistente luta para se conseguir o que quer que seja. Gostaria demais de repousar no pensamento de que eu posso, sim, ficar simplesmente deitada na minha caminha que, quando eu menos esperar, aquilo tudo que eu almejo virá ao meu encontro. Vou mais além: em tempos nos quais "O Segredo" é best seller e a lei da atração virou hit, tudo isso me ensina que basta eu mandar pensamentos positivos que logo logo as coisas melhoram, certo? Em matéria de lutar para o que se quer na vida, basta mesmo só querer? O bom senso dirá que não, que você precisa lutar para o que você deseja, sendo que ninguém diz que diabos de luta é essa e que armas você precisa para poder ter ao menos a mais remota chance de vencê-la. Em quem eu acredito, na Lei da Atração ou no bom senso? Talvez o melhor caminho seja não se agarrar a nenhuma dessas crenças ou idéias pré-concebidas. Entendo que a Lei da Atração seja provada fisicamente, e não vou discutir com isso, mas tirando ela, todo o resto, para mim, não passa de um bando de filosofias baratas e superficiais. Particularmente, vou levando. Vou tentando viver a minha vida, alcançar os meus objetivos, sem me esquecer jamais do fato que a vida é, no final das contas, aquilo que está acontecendo enquanto tentamos montar o nosso futuro. Já foi dito que "é melhor ser alegre que ser triste", e nessa corrente, é melhor ser otimista e mandar pensamentos positivos pro Universo do que ser uma pessoa pessimista, rancorosa e chata. E ainda que a felicidade, a liberdade, os objetivos, o emprego dos sonhos, o amor da sua vida, os dias melhores sejam as vezes tão fugazes quanto o coelho branco, ainda que para tê-los tenhamos que passar por lugares e pessoas inexplicáveis, continuamos caminhando à procura do nosso próprio País das Maravilhas. Feito por nós. Sem coelhos brancos, gatos roxos ou Rainhas de Copas. No fim, pode ser tudo um sonho....Por hora, tento somente afastar a velha e cada vez mais conhecida voz do coelho, que insiste em repetir: "- É tarde, é tarde, é tarde ...".