sexta-feira, 24 de abril de 2009

É possível ter a certeza de que o que é, afinal, é amor, quando afastado - voluntariamente - do objeto amado, ainda se ama. As vezes, apenas sabemos. Sabemos que aquela pessoa é a pessoa pra vida toda, mas não necessariamente esta vai cruzar o seu caminho no momento certo. Pra você ou para ela. Resta, então, esperar. O saber conforta.
Seria mentiroso de minha parte dizer que não dói. Dói saber que o objeto amado leva a vida na ignorância, sem saber que você está ali somente esperando por ele. Somente aguardando o momento em que talvez uma centelha divina o indique que o caminho é, por fim, você. E que os seus caminhos são os mesmos.
Sorte daqueles que têm a sabedoria e a serenidade de se saber afastar. De se saber sumir por uns tempos, andar por aí. Viver. E, se ainda assim, o sentimento persistir... Sim, é amor. E amor é ainda mais belo quando ele existe por si só, sem esperar a recompensa, a resposta. Porque assim ele é puro. Ela, a resposta, virá, mais cedo ou mais tarde. Porque no final das contas, é preciso amar. Muito e sempre. Várias pessoas ou uma só. E perder, e perder de novo, para que o sabor do "ganhar" seja ainda melhor.
A vida, simplesmente, só me faz sentido assim.